O encontro da morte com a Vida
Em Lucas 7:11-15, O carpinteiro de Nazaré, está prestes a utilizar mais uma de suas ferramentas, a compaixão, aquela mãe já havia perdido o marido, a sua casa não era mais a mesma, faltava algo, o cabeça do lar, o que provia os bens materiais, a referencia para aquele jovem não existia mais, para aquela mulher restava-lhe o único filho, a esperança de ver sua descendência ir adiante, ver o nome de seu esposo ter continuidade.
Este jovem havia lhe dado muitas alegrias, esqueceu um pouco da solidão, da falta que o marido lhe faz. Mas um dia o seu mundo mais uma vez desmorona, aquele sentimento de perda junto com dor, invadiu seu coração mais uma vez, desta feita em dobro, pois agora não tinha em quem se apoiar, o futuro era incerto, quem lhe sustentaria, a quem ela esperaria chegar com uma xícara de café passado na hora? Pois agora ia levando seu filho para o sepultar, os passos mais longos de sua vida estavam sendo dados em direção ao cemitério.
Algo aconteceu naquele caminho, que marcou a sua vida, muito mais do que a morte de seu esposo, e mais ainda do que a morte de seu filho. O Carpinteiro de Nazaré abre sua caixa e tira uma ferramenta chamada compaixão, nos diz o VS 13 “E, vendo-a, o Senhor moveu-se de íntima compaixão por ela, e disse-lhe: Não chores”. Ao dizer não chores Ele quis dizer para aquela mulher que Ele era a vida e que o devolveria. Jesus pede licença à multidão, afaste-se tenho que trabalhar nesta árvore que está morta, toca-lhe o esquife, e o jovem volta a viver, devolve a sua mãe que o recebe com júbilo.
Quantos estão na casa do Senhor, mas seus filhos estão mortos espiritualmente, casais que choram por seus filhos, mães desesperadas por eles estarem no mundo, mortos nos seus delitos e pecados, mas não perderam a esperança e pede com urgência para o carpinteiro usar a ferramenta da compaixão. Meus amados, Ele está com suas ferramentas prontas para usá-la creio que se buscarmos ao Senhor, nossos filhos serão tocados pelo Carpinteiro da compaixão.
O carpinteiro da transformação e da restauração.
"E Jesus, andando junto ao mar da Galiléia, viu a dois irmãos, Simão, chamado Pedro, e André, os quais lançavam as redes ao mar, porque eram pescadores;" (Mateus 4 : 18)
O carpinteiro agora, em busca de madeiras para ser trabalhadas e transformadas em peças de grande valor, começa buscando homens simples mas de grande valor, encontra Simão, chamado Pedro, pescando juntamente com seu irmão André, Pelo texto sagrado tudo indica que Pedro era duro mas decidido nas coisas, precisava apenas de uma transformação no seu modo de agir. Certa feita disse: Senhor ainda que todos se escandalizem em ti, eu nunca me escandalizarei, com essas atitudes era como uma madeira que não estava pronta, trabalhada, mas que queria resolver tudo, pela força, outra vez no Getsemani,cortou a orelha de um dos soldados. Pedro era assim mesmo, duro, decidido, mas o que Jesus viu em Pedro? Era possível mudar um homem depois de velho? Conseguiria o Carpinteiro de Nazaré trabalhar naquela vida? Bom, há muitos Pedros espalhados pelo mundo a fora, cheios de opiniões, arrogância, pessoas boas como Pedro, mas duro até de coração, o carpinteiro continua a buscar madeiras como você para trabalhar, pois quando deixamos o mestre trabalhar em nossas vidas, a transformação é para melhor.
Pedro Tiago e João, foram os discípulos que mais tiveram com o mestre, falamos a cima dos dois Tiago e João os filhos do trovão, como o Carpinteiro os transformou, e agora falta a transformação de Pedro. Logo após Pedro negar a Jesus por três vezes, o Galo canta, vamos agora imaginar o que passou na cabeça de Pedro: “Ele disse que eu o negaria” “eu vi o que Ele fez, transformou-me, mim fez mais humano” “eu nunca pensei que o negaria” “eu nunca imaginei que choraria por ninguém, mas Ele é o Filho de Deus, o cristo” Neste momento Jesus olha pra Pedro, e ele chora copiosamente, “não, eu não sou digno de seguir este homem” . Agora aquela madeira bruta, cheia de nós, falhas, estava trabalhada, limpa, foi uma madeira dura que o mestre pegou para trabalhar mas ele conseguiu, Pedro era um novo homem, cheio de sentimentos, um verdadeiro chorão, por trás daquela casca, existia um homem, bom, responsável. Depois de Jesus ressuscitado, o anjo disse: “Mas ide, dizei a seus discípulos, e a Pedro, que ele vai adiante de vós para a Galiléia; ali o vereis, como ele vos disse” Lc 16.7. O mestre agora, restaura a vida de Pedro, pois depois de trabalhar naquela madeira, ela agora estava pronta para o trabalho, e o melhor de tudo isso é que Pedro, voltou ao mestre e aceitou a sua chamada. O carpinteiro de Nazaré continua com sua ferramentas em plena atividade, se você é uma madeira difícil de lhe dar, mas que o Senhor já tem trabalhado em sua vida, volte a carpintaria, pois Ele te espera para uma reforma geral, o seu lugar na Igreja ainda está vazio. O Carpinteiro da restauração e da transformação te espera.
O Carpinteiro do Amor
"E, pondo-a no meio, disseram-lhe: Mestre, esta mulher foi apanhada, no próprio ato, adulterando." (João 8 : 4)
Após ser apanhada em adultério, esta mulher, acompanhada de uma multidão de homens, cheios de “religiosidade” cada um pronto para puni-la pelo ato pecaminoso, homens esses cheios de defeitos, madeiras rachadas, que só enxergavam os defeitos da outra madeira, mas não viam em si mesmos que estavam precisando do carpinteiro.
Aquela madeira, estava largada, perdeu o brilho a muito tempo, aquela mulher, não era assim, pois ela foi casada, devido ao termo usado “adulterando” talvez agora fosse viúva, ou divorciada. Os homens que a levaram, tinham uma só intenção pegar o mestre de Nazaré em uma falha.
Mas o carpinteiro tem uma visão, que não conseguimos ver, enquanto eles viam uma prostituta, Ele via uma alma que precisava de salvação, enquanto eles viam, uma mulher sem valor para a sociedade, Ele via uma vida restaurada, enquanto eles viam o exterior, Ele via o Interior, enquanto eles viam uma madeira estragada, suja, velha, Ele via uma madeira para ser trabalhada e restaurada.
“E na lei nos mandou Moisés que as tais sejam apedrejadas. Tu, pois, que dizes”? Jesus conhecedor de suas intenções, apenas escrevia na areia, como insistissem em que lhes fale sua opinião, Ele diz: “aquele que não tem pecado seja o primeiro a atirar-lhe pedra” O que o mestre quis dizer com isso? Que palavra foi essa que paralisou os acusadores daquela mulher? Mais uma vez o carpinteiro nos impressiona, utilizando apenas uma ferramenta, arrancando apenas uma casca daquelas madeiras, que devido o tempo, as cascas impediam de ver dentro de si, a compaixão, a compreensão, o amor ao próximo. Quantas vezes estamos como aqueles homens, cegos espiritualmente devido às dificuldades da vida, a religiosidade vai criando casca, que impedem de enxergarmos a compaixão, a compreensão, o amor pelo próximo. Ao tirar-lhe apenas uma casquinha, o mestre fez com que eles enxergassem dentro de si, que todos estavam tão sujos quanto aquela mulher, e que eles também precisavam do carpinteiro. Ao fazer uma introspecção, o pecado de cada um começou arder em seus corações, eles talvez já haviam esquecidos, mas o pecado se não for arrancado, lavado, perdoado, ele sempre voltará a tona, principalmente quando olhamos nossa vida pelo espelho da palavra de Deus. Cada um começou a retirar-se, do local desde o mais velho até o mais novo.
A mulher agachada, chorando, pronta para ser apedrejada, pois sabia que perante a lei era culpada, de acordo com Lv 20.10, esperava que o mestre conhecedor das sagradas escrituras, a condenasse, pois o juízo pelas suas atitudes já estava formado, na mente do povo, e o carpinteiro como via aquela madeira, estragada pela vida, desprezada pelos homens?
Nesse instante o carpinteiro, cheio de amor, e compaixão, olha para aquela mulher e diz: “Mulher onde estão os teus acusadores, ninguém te condenou”? Nesse momento a mulher olha para aquele homem e vê que ele não era mais um que queria se aproveitar de seu corpo, pela primeira vez alguém a trata como humana, como pessoa e não como objeto. Isso abalou seus sentimentos mais escondidos, ela se sentia mulher novamente. E a resposta saiu com alívio, de quem tirara um fardo de uma tonelada de cima de seus lombos. “ninguém Senhor” e Jesus lhe diz: “Nem eu te condeno, vais e não peques mais” Quanta sensibilidade do Carpinteiro, olhar não como os fariseus, mas ver que qualquer ser humano, desde que se arrependa tem a oportunidade de viver e ser feliz. Este é o carpinteiro do Amor.
Continua a parte V. Diversos tipos de madeira...